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Inflação baixa: o desejo de qualquer país?
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Inflação baixa: o desejo de qualquer país?

Publicado em 26/06/2017 , por Samy Dana

Imagine acordar e ler no jornal que a inflação média anual fechou em 4.116%. Se para o leitor isso parece um cenário de filme de terror venezuelano, para os brasileiros em 1990 foi uma realidade cruel. A hiperinflação assombrou o Brasil por muitos anos na história recente, até a elaboração do Plano Real, que permitiu o controle da inflação com metas bem mais modestas.  Esse fantasma da hiperinflação parece bem distante da realidade do Brasil atualmente. Com uma meta abaixo de dois dígitos, diversos mecanismos são usados pelo governo para manter essa inflação sob controle. Contudo, como será que isso ocorre em outros países? Será que temos as mesmas perspectivas em relação ao controle inflacionário?
 
A inflação nada mais é do que um aumento geral de preços, que acaba afetando o poder de compra da população. Ela é medida por índices como o IPCA ou o IGP, calculados pelo IBGE e pela Fundação Getúlio Vargas, respectivamente, por meio da coleta das variações de preços dos produtos em um prazo determinado.
 
Dentre as causas desse aumento de preço, destacam-se duas frequentes: o aumento desproporcional da demanda de produtos e o aumento da oferta de moeda por emissão excessiva por parte do governo. Para manter a inflação sob controle, o governo pode tomar determinadas ações. A curto prazo, pode aumentar a taxa de juros a fim de desestimular o consumo e manter a inflação baixa. Em contextos de baixa inflação, pode fazer o movimento contrário e diminuir a taxa de juros para estimular o consumo.  A longo prazo, o controle de gastos do governo e o aumento da produtividade do país surgem como mecanismos para controlar a inflação: o primeiro altera a demanda; o segundo a oferta de produtos.
 
Tão importante quanto saber usar as formas de controle é saber determinar um nível ideal de inflação para a economia de um país.  Isso porque a desvalorização da moeda traz inúmeras consequências, desde o incentivo e aumento de exportação de produtos (especialmente agrícolas, no caso do Brasil) até a redução de investimentos e piora na distribuição de renda. Diante disso, o governo estabelece uma meta levando em consideração as necessidades econômicas da nação. Atualmente, o Banco Central fixou uma meta de 4,5% para a inflação, criando mais espaço para a redução dos juros no País.
 
Uma meta para reduzir inflação, no entanto, não é regra geral seguida por todos os países. A verdade é que as economias possuem contextos distintos entre si e demandam políticas adequadas às suas características.
 
Enquanto o Brasil se esforça para diminuir a inflação, países como a Suíça e o Japão, por exemplo, apontam para a direção contrária. Em recente declaração, o presidente do banco central suíço afirmou que seria necessário desvalorizar o franco suíço para estimular o crescimento econômico do país. No caso do Japão, a busca por um aumento na inflação do país tem demandado grandes esforços do governo para fugir da deflação e estimular o crescimento econômico.
 
Na Inglaterra, viu-se com bons olhos a desvalorização da libra em 25% entre 2007 e 2010, que prometia elevar as exportações do país, melhorando a balança comercial. Entretanto, uma série de fatores mostrou que a mera desvalorização da moeda trouxe vários aspectos negativos para a economia britânica. Dentre estes fatores, destaca-se a alta dependência, tanto da indústria quanto dos consumidores ingleses por produtos importados - os quais encareceram ante a desvalorização da libra, reduzindo o consumo e retraindo a economia.
 
Para economias emergentes, a fixação do regime de metas na inflação parece ainda trazer muito mais benefícios que malefícios. Um estudo conduzido em 2014 pelo Federal Reserve Bank of Dallas mostrou que os países que adotaram tal regime conseguiram reduzir significativamente as taxas de inflação. Isso porque a transparência nas intenções do governo em suas políticas monetárias trouxe maior estabilidade para estes países, de modo a garantir um maior controle na desvalorização de suas moedas.
 
No Brasil, especificamente, o modelo parece ser consenso desde sua implementação. Tanto que, mesmo tendo sido adotado no governo Fernando Henrique Cardoso por meio de decreto em 1999, os governos subsequentes deram continuidade à fixação de metas de inflação. Atualmente, a meta de inflação tem desempenhado um papel importante, com forte protagonismo do Banco Central diante das sucessivas crises políticas que assolam o País.
 
Enquanto o debate segue mundo afora, aqui o foco da discussão está em como manter a inflação quase sempre abaixo de dois dígitos, para que as notícias da década de 1990 nunca se repitam.

Fonte: G1 - 22/06/2017

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