Dois trilhões de reais são expropriados do consumidor brasileiro
Publicado em 11/01/2018 , por Maria Inês Dolci
Os brasileiros pagaram —pagamos— R$ 2,172 trilhões em impostos em 2017, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. Pense neste número quando estiver escolhendo seus representantes políticos, inclusive para a Presidência da República.
Você acha que este dinheiro foi usado corretamente para melhorar a vida dos brasileiros? Não me refiro aos atuais governos, somente, mas aos que estiveram no Poder Executivo nas últimas décadas.
Pois é, talvez você concorde comigo que os tributos foram mal utilizados, desperdiçados, que não obedeceram a prioridades como reduzir efetivamente a desigualdade social, fomentar os negócios, gerar empregos, capacitar o Brasil para concorrer nos mercados internacionais.
O pior é que pagamos várias vezes pelo mesmo serviço. Explico: parte do que é arrecadado deveria bancar a segurança pública. Mas não podemos abrir mão do seguro do carro, da vigilância no prédio residencial, nem dos flanelinhas que nos impõem 'cuidar' dos veículos estacionados na rua.
Pagamos impostos que teriam de nos garantir boas estradas pelo país afora, mas também arcamos com inúmeros pedágios em trajetos relativamente curtos. E a maioria das estradas não justifica tanto dinheiro despendido.
Remédios têm tributos pesados; alimentos também. Fazemos de conta que o salário mínimo sustenta uma família, quando não assegura nem vida digna a quem o recebe.
Se os impostos tivessem alvos claros, prioritários, em função da relevância da instituição para o crescimento econômico, haveria recursos de sobra para a Embrapa, a empresa brasileira de pesquisa agropecuária. E Ciência e Tecnologia não teria orçamento irrelevante.
Centros de pesquisa deveriam ter prioridade de investimento público. A redução da burocracia, também. Levar programas como o Poupatempo a todos os Estados e municípios. Facilitar a abertura e fechamento de empresas. Financiar bons projetos universitários que tenham atributos para se tornar empreendimentos bem-sucedidos.
Centenas de bilhões de reais são subtraídos do consumo, que gera empregos, renda e desenvolvimento, mas parlamentares têm carro do ano, auxílio-moradia, subsídio para o paletó (!), atendimento de saúde que os demais brasileiros não dispõem.
Os que já se aposentaram antes dos 65 anos, e que defendem que os demais se aposentem com esta idade, deveriam devolver, em valores atualizados, as pensões recebidas antes de completar seis décadas e meia de vida.
Os serviços públicos são muito ruins, da mesma forma dos que foram concedidos, como telecomunicações e energia.
Imposto, no Brasil, portanto, ainda é uma expropriação da renda que não resulta em qualidade de vida.
Fonte: Folha Online - 10/01/2018
Notícias
- 27/03/2024 Ata do Copom mostra que Banco Central pode reduzir ritmo do corte de juros
- Páscoa: brasileiro pretende gastar, em média, R$ 156, diz pesquisa
- Quase oito milhões deixam de usar direito a desconto na energia elétrica
- Banco é condenado a indenizar cliente por cobrança de empréstimo fraudulento
- Como saber se caí na malha fina do Imposto de Renda?
- Caso 123 Milhas: Lei 5.768/71 disciplina captação de poupança popular e garantiria consumidor
- Câmara dos Deputados aprova projeto que altera a lei de falências
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)