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Para especialista, conscientização do consumidor é essencial
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Para especialista, conscientização do consumidor é essencial

Publicado em 07/11/2016 , por IONE LUQUES

Assistencia-tecnica-2.jpg Akatu: consertar um produto ao invés de comprar um novo é uma ação do consumidor a favor do meio ambiente e da sociedade Carlos Ivan

RIO — Você já pensou em parar de jogar suas coisas fora e levá-las para o conserto, se houvesse algum incentivo por parte do governo, como redução de impostos? Pois não é que o governo da Suécia vai reduzir impostos sobre reparo de objetos e roupas, buscando, assim, mudar o ciclo de consumo, de \'\'comprar, usar, jogar fora e comprar de novo\'\' para \'\'comprar, usar e consertar\'\'. Para que isso se torne possível, a orçamento do país para 2017 vai cortar a taxa do IVA que incide sobre pequenos reparos para produtos como bicicletas, eletrodomésticos. sapatos e roupas de 25% para 12%, segundo reportagem da BBC. Assim, consertar um produto com alguma avaria ou costurar uma roupa danificada sairá mais barato do que acontecia até agora. Com isso, tais produtos terão sua vida estendida e, ao reduzir o consumo de materiais, as emissões de gases poluentes diminuirão.

Diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar apoia a iniciativa da Suécia, ressaltando que consertar um produto ao invés de comprar um novo é uma ação do consumidor a favor do meio ambiente e da sociedade.

— Este tipo de iniciativa é uma oportunidade de as pessoas contribuírem para que o meio ambiente e a própria sociedade possam ser melhores diante das decisões de consumo e não-consumo. É preciso conscientizar o consumidor dos impactos dessas decisões de consumo no médio e longo prazos.

No entanto, alguns fatores podem dificultar a implantação imediata de tais iniciativas, dependendo do produto a que se refere, principalmente na montagem de uma rede de assistência técnica que atenda a um aumento da demanda por reparos. Quando se fala em roupas, a situação é um pouco diferente, pois já há uma estrutura razoável de oficinas de costura e brechós bem aparelhados para fazer reformas, consertos e recuperação das peças.

Outro fator limitante para que ideias similares à sueca, segundo Mattar, é a própria forma de pensar do consumidor, já que a influência do mercado faz com que haja uma tendência do indivíduo de sucatear aparelhos. Ele dá como exemplo o caso dos celulares: os fabricantes mudam os designs dos aparelhos, criam novas funcionalidades e as vendem como absolutamente necessárias, as operadoras oferecem condições vantajosas, tudo para levar o consumidor a trocar de aparelho muito antes de acabar sua vida útil.

— Cabe ao consumidor tomar a decisão de sucatear e colocar o aparelho de lado antes do fim de sua vida útil. Essas pessoas não se dão conta de que estão ajudando a provocar o aquecimento global. Se todos se conscientizassem, seria uma controbuição muito grande para o meio ambiente e a sociedade em geral.

Pelo lado do meio ambiente, exemplifica Mattar, basta dizer que um celular demanda cerca de 400 kg de matérias-primas para ser produzido. Esses materiais são transportados e transformados em peças, que então são transportadas até a montadora do celular. Geralmente, essas peças são transportadas por longas distâncias e, após a fabricação, ganham estrada novamente até os depósitos e lojas. De lá para a casa do consumidor, há mais um transporte para efetuar a compra, explica.

Comparativamente, continua o diretor-presidente do Akatu, o conserto do celular implica de seu transporte à assistência técnica, a produção e o transporte apenas das peças necessárias até essa oficina, e a retirada do celular após seu conserto. Portanto, bem menos impactos sobre o meio ambiente.

Por outro lado, aponta, acredita-se que haverá perda de postos de trabalho na fabricação do celular com o seu conserto, o que é muito difícil de garantir, visto que a indústria tende a ser cada vez mais automatizada, enquanto que os serviços de assistência técnica são feitos por pessoas.

— Além da renda auferida por esses prestadores de serviço, adiciona-se o vínculo muitas vezes criado por este relacionamento entre consumidor e a assistência técnica, quando realizada com eficiência, que adiciona sensação de bem-estar à comunidade. O Akatu é fortemente favorável ao conserto dos bens ao invés da compra de novos, incluindo aí o conserto e a reforma de roupas, que geram empregos no setor de serviços, substituindo empregos industriais na fabricação e confecção que são, possivelmente, muito menores em quantidade e certamente piores em qualidade de condições de trabalho.

Mattar lembra que o nosso impacto de consumo, hoje, é muito maior do que no passado, e que é preciso tormar o meio ambiente mais sustentável para que haja recursos não só para a nossa geração, mas principalmente para as gerações futuras.

— A sustentabilidade é um complexo de coisas que envolve o meio ambiente, a sociedade, a economia e o consumo. Na hora de comprar um produto, precisamos levar em conta não apenas o fato de estar adquirindo um bem, mas sim o impacto que isto terá na natureza, na geração de emprego e em condições de trabalho melhores. Por essas e outras, é necessário mudar o padrão de consumo, sair da ideia de obsolescência rápida para a durabilidade dos produtos. Do ponto de vista social, todos os impactos ambientais negativos acabam se refletindo na saúde das pessoas. Hoje, mais ou menos dois terços das doenças que chegam oa sistema público de saúde são devido à água poluída. Mudar a maneira de comprar, mudas as opções do ponto de vista social e ambiental, vai se refletir num meio ambiente mais lindo e em saúde melhor.

De acordo com diretor-presidente do Akatu, o padrão de consumo na maioria das vezes não traz a maior alegria e melhor qualidade de vida. Pesquisas feitas pelo instituto comproval que as coisas que o brasileiro de fato valoriza são saúde, as relações sociais (encontros com família e amigos), qualidade de vida e, só depois, a questão de ter ou não ter dinheiro.

— Costumo dizer que a maioria consome o que não precisa, com dinheiro que não tem, para impressionar pessoas que não gosta. É preciso reverter isso.

Conscientização da população

De acordo com Mattar, a Suécia, assim como a Alemanha, é um dos países mais avançados em iniciativas sustentáveis, que contam com uma forte adesão da população. Não há, por exemplo, coleta domiciliar de lixo. As pessoas pegam os resíduos e levam até um local onde é coletado separadamente — vidros, plásticos, papel — e vai direto para a reciclagem.

— Isso só é possível se a população tiver a percepção que está tomando esta iniciativa em favor de toda uma comunidade. Seria uma forma de mineração urbana: descartam garrafa plástica, potes e copos de vidro, papel e papelão, que vão ser reutilizados como matéria-prima, fazendo que estes materiais sejam retirados da natureza. Há uma economia de diversos recursos naturais, o que diminui o impacto na naturezxa. É preciso fazer com que a população incentive essas medidas. Há uma concepção geral de que isso é chato, ficar separando os objetos, mas as pessoas precisam se conscientizar que é para o bem do meio ambiente e dela própria.

Mattar destaca o trabalho feito pelo instituto através do programa Edukatu, plataforma gratuita onde alunos, professores, profissionais têm à disposição cartilhas, conteúdos interativos, vídeos, jogos sobre os mais diversos temas que reforçam o conceito de sustentabilidade.

Consumo sustentável e criação de empregos

Com a iniciativa, o governo sueco espera ainda gerar novos postos de trabalha para profissionais que trabalham nestes ofícios e, de quebra, se livrar das montanhas de sucatas. A ideia de encorajar as pessoas a desperdiçar menos na sua vida quotidiana foi promovido pelo Partido Verde sueco, parceiro no governo de coalizão, juntamente com os social-democratas.

Um dos seis ministros verdes é Per Bolund, ministro das Finanças. Em entrevista à BBC, ele disse que os planos são parte de uma estratégia mais ampla que o governo está lançando para o consumo sustentável.

"As emissões provenientes da Suécia que afetam o clima estão diminuindo, mas as emissões do consumo estão aumentando", afirma. "Nós verificamos um interesse em um consumo mais sustentável por parte do consumidor sueco e esta é uma forma do governo torná-lo mais acessível."

Contribuintes suecos já podem recuperar 50% do custo pago por trabalho doméstico, ao contratar uma faxineira, a partir de suas contas do imposto de renda. Com isso, o ministro está confiante de que os novos planos irão funcionar.

"Na Suécia, os consumidores são bastante ativos em mudar tanto o que compram e como comprar para alterar o impacto ambiental. Estamos vendo, por exemplo, um grande aumento na venda de alimentos orgânicos. Também verificamos que o interessem na \'\'economia partilhada\'\' e na economia \'\'circular\'\' está crecendo muito rapidamente", completa o ministro.

O plano mais recente também está sendo promovido como uma forma de criar mais empregos para as pessoas que não têm grandes qualificações educacionais.

"Acreditamos que a obtenção de custos mais baixos de mão de obra é um forma de fazer o indivíduo se conscientizar que é mais racional reparar ao invés de comprar mais barato e jogar fora", diz o ministro. "Se não mudarmos os incentivos econômicos, a mudança nunca virá", acrescenta.

Fonte: O Globo Online - 06/11/2016

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