Endividamento e desemprego inibem consumo para o Natal
Publicado em 01/12/2016
Endividamento é apontado por 40% para não irem às compras. Desemprego é segundo motivo, passando de 21% em 2015 para 29%.
O endividamento é apontado por 40% dos consumidores na sondagem nacional Hábitos de Consumo, da Boa Vista SCPC, como a principal causa para não irem às compras neste Natal e fim de ano. No ano anterior, o percentual atingiu 37%. O desemprego é o segundo motivo, passando de 21% em 2015 para 29% atuais, uma alta de 8 pontos percentuais. O fato de não comprar presentes por ter de priorizar o pagamento das contas da casa, como mensalidade escolar, plano de saúde e outros, também aumentou de 11% para 17%.
De modo geral, 80% dos consumidores declararam ter a intenção de comprar presentes neste Natal e outros 20% não pretendem gastar - é dentro desse contingente que estão as causas para não irem às compras.
Entre os que irão comprar presentes, 79% pretendem gastar menos dinheiro em relação ao ano anterior, e outros 77% irão comprar menos presentes. A pretensão de gastar menos dinheiro e comprar menos presentes se acentua nas classes DE (84% e 82%), assim como apontado na região Sudeste, com 79% e 77%, respectivamente.
Por região
Quando analisados os dados por regiões do país, a pesquisa aponta que 83% dos respondentes da região Sul não pretendem ir às compras porque estão endividados, ou seja, com grande comprometimento da renda. A segunda causa para os consumidores da região Sul é a redução da renda, com 17%. Nas regiões Sudeste e Norte o endividamento representa 43% e 40%, respectivamente, enquanto o desemprego é o principal motivo nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, com 50% e 41% dos respondentes.
Por classe social
A pesquisa da Boa Vista SCPC também identificou na divisão por classes sociais os motivos que causam a contenção dos gastos entre o período de Natal e fim de ano. Para os respondentes das classes C e D/E o principal motivo é o endividamento, com 42% e 43% das menções, respectivamente. Já para os respondentes das classes A e B apontam o endividamento, o desemprego, a alta da inflação e a contenção de despesas como os principais fatores, cada um com 25%.
Expectativa
Se o fim de ano não parece tão animador para os consumidores, a chegada de 2017 melhora as expectativas no quesito financeiro - 90% dos consumidores estão otimistas, e esperam que a vida financeira esteja melhor em 2017. Quando observados os dados por regiões do país, 91% dos entrevistados na região Sudeste esperam que a vida financeira esteja melhor no próximo ano. O otimismo apresenta crescimento na classe C, que em 2015 registrava 87% e passa a ter 92% neste ano.
Uso do 13º salário
Segundo a pesquisa, 74% dos consumidores irão receber o 13º salário e 56% deles irão aproveitar para quitar dívidas. Esse percentual é maior entre os consumidores das classes DE (66%) e C (48%). Na região Sudeste, 55% dos consumidores quitarão suas dívidas.
Outros 29% dos que irão receber a renda extra pretendem guardar todo o dinheiro ou parte dele para pagar as contas do início do ano, ou mesmo poupar para uma necessidade futura.
Neste ano, cresceu entre os consumidores da classe C, de 29% em 2015 para 38% atuais, o percentual daqueles que pretendem poupar parte ou todo o valor.
De modo geral, 26% dos consumidores que pretendem poupar o 13º irão guardar até 30% do valor recebido; 17% conseguirão guardar entre 30% a 50% do valor, 9% conseguirão guardar 100% do 13º e outros 48% informam que não conseguirão poupar nada, contra 44% registrados em 2015 e 31% em 2014. Segundo a pesquisa, ao longo do tempo, o poder do consumidor em guardar parte ou todo o 13º está diminuindo.
No Sudeste, 49% dos consumidores não conseguirão poupar nada do 13º, já outros 41% irão poupar até 50% do valor a receber.
Pagamento à vista
De acordo com pesquisa da Boa Vista, 38% vão presentear no máximo até duas pessoas e o ticket médio não deverá ultrapassar o valor de R$ 51,40, crescimento de 6,4% em relação ao ticket médio de 2015. Nas classes DE o ticket médio por presente será de R$ 45, aumentando para R$ 56 na classe C e R$ 76 nas classes AB.
Comparado ao ano anterior, passa de 67% para 73% o total de consumidores irão pagar à vista as compras de Natal e final de ano. O principal meio de pagamento será o dinheiro, com 49% das menções, seguido por 33% para cartão de débito. O dinheiro será o meio de pagamento mais utilizado em todas as regiões, e o cartão de débito terá maior utilização entre os consumidores da região Sudeste (38%).
Os outros 27% dos consumidores pagarão a maior parte de suas compras de forma parcelada, sendo o cartão de crédito o meio de pagamento a ser utilizado por 83% deles. Na região Sudeste, 26% dos consumidores irão parcelar suas compras e 80% farão uso deste meio de pagamento.
A maior parte das compras irá se concentrar em lojas de departamentos e centros comerciais, com 38% das menções. Os demais consumidores irão se dividir entre as lojas de rua (35%) e as lojas de shoppings (27%). Já 42% das classes C e AB concentrarão suas compras em lojas de shoppings centers. No Sudeste, 39% dos consumidores concentrarão a maioria das compras nas lojas de departamentos e centros comerciais.
Fonte: G1 - 30/11/2016
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