Justiça decreta prisão de empresário envolvido no escândalo do Papa-Tudo
Publicado em 17/02/2017
A Justiça Federal no Rio determinou a prisão do empresário Artur Falk, que foi dono do título de capitalização Papa-Tudo, que existiu no mercado brasileiro nos anos 1990.
Falk foi acusado por crimes contra o sistema financeiro nacional. Cinco anos mais tarde, foi condenado por gestão fraudulenta e emissão de títulos sem lastro. O que se seguiu foi uma série de apelações a instâncias superiores da Justiça.
O segundo crime prescreveu, mas Falk acabou condenado por gestão fraudulenta. O juiz da 2ª Vara Federal Criminal do Rio, Alexandre Libonati, condenou o empresário, no último dia 8, a cinco anos e dois meses em regime semi-aberto.
O escândalo do Papa-Tudo ocorreu em meados dos anos 1990. Em seus áureos tempos, o produto chegou a ter a apresentadora Xuxa como garota propaganda. A Interunion, à época de propriedade de Falk, administrava os títulos.
Milhões de investidores foram lesados. Segundo o Ministério Público Federal, os gestores simulavam lucros e não tinham reservas para garantir o pagamento dos prêmios.
Na época, o calote do Papa-Tudo foi estimado em pelo menos R$ 218 milhões, dos quais R$ 168 milhões em títulos vencidos e não pagos e mais R$ 50 milhões em dívidas com fornecedores. Em 1998, havia ainda a expectativa de que o número aumentasse em R$ 70 milhões com o restante dos títulos a vencer.
O Papa-Tudo funcionava da seguinte forma: o consumidor adquiria um título de capitalização por R$ 3 e tinha direito a resgatar metade deste valor corrigido ao final de um ano. Nesse tempo, ele concorria a prêmios sorteados, como televisores, geladeiras e automóveis. Seu principal concorrente à época era a Telesena.
Segundo reportagem da Folha de 1998, o Papa-Tudo já havia deixado de entregar 1.200 televisores e 125 ambulâncias. A empresa foi impedida de emitir novos títulos a partir daquele ano. A Interunion foi liquidada extrajudicialmente pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Falk chegou a ficar preso, em 2006, por duas semanas no Rio. Ele foi solto por um habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A Vara de Execuções Penais do Estado do Rio ainda não confirmou se o mandado de prisão foi cumprido. A Folha ainda não conseguiu contato com a defesa de Falk.
Fonte: Folha Online - 16/02/2017
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