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Damos mais valor ao que temos do que ao que não temos
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Damos mais valor ao que temos do que ao que não temos

Publicado em 30/06/2017 , por Samy Dana

Quanto você pagaria para diminuir o seu risco de morrer no ano que vem? Segundo a teoria econômica clássica, a resposta para a pergunta acima deveria ser a mesma que a desta segunda questão: que valor você exigirá receber para aumentar o seu risco de morrer, na mesma proporção?

Apesar de macabras, estas duas questões foram apresentadas aos alunos de Richard Thaler em meados dos anos 1970, no momento em que o economista escrevia a sua tese e começava a estudar o campo da psicologia econômica. Elas vinham apresentadas da seguinte forma:

A - Suponha que ao participar desta aula, você se expôs ao risco de contrair uma rara doença fatal. Se isso acontecer, você morrerá em uma semana. A chance de contrair a doença é de 1 em 1.000. Nós temos uma única dose do antídoto a esta doença, a qual vamos vender para quem der a maior oferta. Qual é o valor máximo que você pagaria?
     
B - Pesquisadores do hospital da universidade estão fazendo uma pesquisa sobre uma rara doença e precisam de voluntários que estariam dispostos a se expor a ela. O risco de contrair a doença (e de morrer em uma semana) é de 1 em 1.000. Não existe um antídoto para ela. Qual seria o valor mínimo que você aceitaria para participar de tal estudo?

Para a teoria econômica clássica, não deveria haver grande diferença entre as respostas. A ideia que estava por trás disso é de que o valor para aumentar o diminuir uma probabilidade em 0,001 (1 em 1.000) deveria ser idêntico. O valor do antídoto deveria ser igual ao do prêmio por correr o risco de morrer – mas a forma como colocamos a pergunta muda a nossa percepção do nível de risco que aceitamos correr.

Em seu livro “Comportamento Inadequado”, Thaler aponta que a diferença entre as respostas foi gigantesca. Para a pergunta A, os alunos pagariam até US$ 2.000 pelo antídoto. No entanto, para a questão B, ninguém aceitaria participar do estudo por menos de US$ 500.000 – e muitos disseram que não o fariam por valor nenhum.

“Para um economista, estes resultados estavam em algum lugar entre intrigante e absurdo”, conta Thaler, que começou a perceber com este estudo que damos mais valor àquilo que é nosso. Ele chamou o fenômeno de Efeito Dotação. No caso da questão B, fica claro que ninguém estaria disposto a correr o risco de perder a vida – mesmo que a probabilidade de morrer fosse a mesma para quem não comprasse o antídoto da questão A.

É o caso de quem quer vender o seu apartamento todo reformado e mobiliado. Para o vendedor, aquele imóvel tem um valor enorme: pense em todo o tempo e dinheiro que ele gastou para deixa-lo tão charmoso. Para alguns compradores, entretanto, aquele charme pode ser visto como mau gosto e não ter valor nenhum. O apartamento é o mesmo, mas o dono tende a valorizá-lo mais do que o resto do mercado. E se o proprietário não abaixar o preço, achar um comprador que entenda o seu valor e aceite pegar o preço pedido pode ser uma tarefa difícil – e demorada.

Fonte: G1 - 29/06/2017

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