Servidor: entidades decidem o que fazer após empréstimo não ser liberado
Publicado em 27/11/2017 , por LUCIANA BARCELLOS
Governo do Estado chegou a anunciar o dia 27 de novembro como prazo para acerto dos atrasados
Rio - A situação de penúria do funcionalismo estadual, pelo visto, vai durar mais um bocado. Conforme a Coluna já havia informado, a operação de crédito de R$ 2,9 bilhões entre o estado e o banco francês BNP Paribas ainda vai levar mais alguns dias para ser finalizada. Em nota divulgada ontem, o governo confirmou que a liberação do empréstimo "não ocorrerá até o dia 27 do corrente mês, contrariando as estimativas e os esforços do Executivo estadual". A data chegou a ser anunciada pelo governador Pezão como prazo para acerto dos atrasados.
O governo explicou que a conclusão do processo de liberação é complexa e depende do aval do Tesouro Nacional. E que a Secretaria de Fazenda tem feito conversas diárias com a instituição financeira ganhadora do pregão que ocorreu no dia 1º, e com o Tesouro, para que os "recursos oriundos do empréstimo ingressem o mais rapidamente possível em caixa", para que seja feita a regularização do pagamento dos servidores.
Apesar de na quinta-feira a Secretaria de Fazenda ter informado após a reunião entre o secretário Gustavo Barbosa e integrantes do Tesouro Nacional, da Procuradoria-Geral da Fazenda nacional (PGFN) e do BNP Paribas que houve "avanços na discussão do contrato", e o próprio governador ter dito que estava otimista sobre a conclusão da operação sair ainda na próxima semana,a nota divulgada ontem não especificou nenhuma data para a liberação do empréstimo. Diz apenas que a operação ocorrerá "em breve e será imediatamente informada aos servidores e toda sociedade".
Representantes do Movimento Unificado dos Servidores (Muspe) receberam com surpresa e indignação a informação do governo. Na reunião no dia 16, no Palácio Guanabara, o governador Pezão confirmou que o empréstimo sairia até o dia 27, e que ele mesmo iria a Brasília para acompanhar o processo. Na quarta-feira passada, o governador cumpriu o prometido e viajou a capital federal.
No entanto, já havia uma expectativa pessimista em relação à data do pagamento para o funcionalismo. Tanto que várias entidades que fazem parte do movimento já tinham organizado assembleias e uma reunião do Muspe já estava programada para a próxima terça-feira.
"Marcamos a reunião para o dia 28, cumprindo o prazo estabelecido pelo governo para efetuar o pagamento, que seria no dia 27. Iríamos discutir também sobre o 13º salário de 2016. Não é justo que paguem um ano depois sem juros de mora. O problema é que o governo não cumpre o que promete", afirmou André Ferraz, diretor da Associação dos Servidores da Vigilância Sanitária do Estado do Rio (Asservisa).
Aniversário sem festa para aposentada endividada
Os servidores estaduais da Saúde que ganham acima de R$ 1.500 vão receber hoje o salário de setembro. A notícia foi confirmada pela secretaria responsável pela área, que mais uma vez, pagará com recursos do Fundo Estadual de Saúde. No dia 14, a pasta quitou os salários de 5.385 ativos que recebiam até R$1.500, quase a metade do total de 11.900 funcionários.
A chegada dos 67 anos ontem não foi comemorada pela aposentada Mariá Casa Nova. A auxiliar de enfermagem passou a data no vermelho, com o aluguel atrasado do apartamento do Fonseca, Niterói, onde mora com o marido. Ela está cheia de contas para pagar, e sem a perspectiva de receber outubro, muito menos o 13º de 2016. "Estou deprimida e não tive coragem de receber ninguém. É muito triste abrir a geladeira e não ter o que comer. Eu salvava vidas, agora a minha vida está assim", contou.
Para sobreviver, ela vende amendoim no sinal, almoça no restaurante popular, tem a ajuda da aposentadoria do marido, além da boa vontade de amigos e do filho que trabalha como motoboy. "Pezão foi a Brasília para pedir arrego, não vai pagar dia 27 como prometeu. Não tenho mais expectativas", reclamou Mariá.
Fonte: O Dia Online - 25/11/2017
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