Reserva financeira foi usada por 73% dos brasileiros para pagar despesas Fonte: Economia
Publicado em 28/11/2017
Pesquisa do SPC Brasil e da CNDL tem como base o mês de setembro e apontou despesas extras e dívidas como influenciadores no uso do dinheiro
Estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas ( CNDL ) apontou que metade dos brasileiros, ou seja, 50% deles tiveram que sacar parte da reserva financeira para o pagamento de dívidas e demais despesas básicas de casa no mês de setembro deste ano.
Desta porcentagem, 18% usaram a reserva financeira para o pagamento de despesas extras, 12% para quitar dívidas, 11% para pagar contas básicas da casa e outros 10% para cobrir imprevistos que surgiram no mês de referência da pesquisa.
“Uma das principais finalidades da reserva é proteger o consumidor contra situações não planejadas e emergenciais. Na falta desses recursos, os que sacaram das reservas para fazer frente a imprevistos teriam que recorrer ao crédito, em condições normalmente não vantajosas pelas altas taxas de juros”, explicou a economista-chefe do SPC Brasil , Marcela Kawauti.
Outro dado identificado na pesquisa – com mês de referência – setembro apontou que o brasileiro continua com dificuldade de fechar o mês com algum dinheiro sobrando, essa é a realidade de 73% dos respondentes da pesquisa das entidades.
Apenas 21% dos entrevistados foram capazes de poupar, ao menos, parte do salário que recebem no período analisado. Entre os consumidores das classes C, D e E, o índice é ainda menor e cai para 16% dos respondentes da pesquisa. Nas classes A e B, a proporção de poupadores cresce para 38%, mas ainda assim, é a minoria.
Mais aperto
O estudo identificou que os brasileiros que declararam não ter conseguido poupar nenhum centavo, afirmaram que a renda muito baixa inviabilizou a ação. Outros fatores que colaboram para que as pessoas não consigam guardar dinheiro são: imprevistos e o desemprego, com 18% e 17% das menções, respectivamente. Já a falta de controle das finanças pessoais foi mencionada por 13,1% dos entrevistados.
O momento de crise econômica exerce influência entre as principais razões apontadas para não poupar, mas não é o único fator.
O descuido com relação aos gastos também deve ser visto com atenção. Para aqueles que não se veem como disciplinados, a dica é recorrer a aplicações automáticas, de modo que o dinheiro possa ser guardado com regularidade, enfatizou a economista Marcela Kawauti.
Dos poucos brasileiros que se organizam, e poupa algum dinheiro , 44% afirmam que o fazem para se prevenir de supostos imprevistos. Outros afirmam que a medida é tomada para garantir o futuro melhor da família, com 29% das menções. A realização de algum sonho de consumo foi mencionada por 25% dos respondentes, e 21% guardam dinheiro para ter uma garantia caso percam o emprego. Já a aposentadoria foi lembrada por apenas 8% desses poupadores.
Reserva
A maioria, ou 59% dos entrevistados, afirmou que usa a poupança como forma de fazer sua reserva financeira. Outros 27% deixam o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem de forma mais pulverizada os fundos de investimento com 12% das menções, a previdência privada com 8%, os CDBs com 7%, o tesouro direto com 7% e ações em bolsas com 4% das menções. “A sondagem mostra um perfil de investimento ainda bastante conservador e inerte na busca de melhores opções, mas também se vê que a falta de conhecimento das modalidades disponíveis acaba pesando nessas escolhas”, afirma Kawauti.
Fonte: Brasil Econômico - 27/11/2017
Notícias
- 06/05/2025 Câmara deve instalar comissão para analisar proposta de isenção de imposto de renda
- Golpes no Dia das Mães: veja como se proteger nas compras online
- Petrobras anuncia nova redução de 4,6% no preço do diesel nas refinarias
- INSS sabia há 6 anos de risco de golpes contra aposentados rurais
- Às vésperas de reunião do Copom, mercado reduz previsão de juros e inflação para 2025
- Município de Campinas e autarquia indenizarão familiares de paciente que faleceu após evasão hospitalar
- Vendedor pode responder por obrigações do imóvel posteriores à posse do comprador
- Vendas de veículos recuam 5,5% em abril ante o mesmo mês de 2024, aponta Fenabrave
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)