Coreia do Sul diz que avalia proibir criptomoedas e agita mercado
Publicado em 11/01/2018
O governo da Coreia do Sul informou na quinta-feira (11) que planeja proibir o comércio de criptomoedas, levando os preços do bitcoin a despencarem e colocando o mercado de moedas virtuais em polvorosa.
A repressão na Coreia do Sul, uma fonte crucial para a demanda global por criptomoedas, ocorre num momento em que as autoridades mundiais estão buscando formas para regulamentar um ativo cujos preços dispararam no ano passado.
O ministro da Justiça, Park Sang-ki, disse que o governo está preparando um projeto de lei para proibir o comércio de moedas virtuais nas bolsas domésticas.
"Há grande preocupação com as moedas virtuais e o Ministério da Justiça está basicamente preparando um projeto de lei para proibir o comércio de criptomoedas por meio das bolsas", disse Park em entrevista coletiva, conforme o escritório de imprensa do ministério.
Após a forte reação do mercado ao anúncio, o gabinete presidencial informou horas mais tarde que a proibição de bolsas de moedas virtuais no país ainda não foi finalizada e que é uma das medidas sendo consideradas.
Um assessor de imprensa no Ministério da Justiça disse que a proposta de proibição da negociação de criptomoedas foi anunciada após "discussão suficiente" com outras agências governamentais, incluindo o Ministério de Finanças e os reguladores financeiros do país.
Após a elaboração do projeto de lei, a legislação proibindo o comércio de moedas virtuais exigirá o voto da maioria dos 297 membros da Assembléia Nacional, um processo que pode demorar meses ou mesmo anos.
A posição dura do governo desencadeou vendas de criptomoedas nas bolsas locais e no exterior.
O preço local do bitcoin chegou a recuar 21%, após os comentários do ministro. Mesmo assim, a moeda virtual ainda era negociada a preço cerca de 30% superior em relação a outros países.
O bitcoin recuou mais de 10% na Bitstamp, com sede no Luxemburgo, para US$ 13.199 dólares, depois de ter caído mais cedo a US$ 13.120, menor valor desde 2 de janeiro.
Uma vez em vigor, a proibição da Coreia do Sul "tornará difícil o comércio, mas não impossível", disse Mun Chong-hyun, analista chefe da EST Security.
Park Nok-sun, um analista de criptomoedas da NH Investment & Securities, disse que um comportamento de rebanho no mercado de moedas virtuais na Coreia do Sul suscitou preocupações.
Na verdade, o aumento de 1.500% do bitcoin no ano passado aumentou enormemente a demanda por criptomoedas na Coreia do Sul, atraindo de estudantes universitários a donas de casa e suscitando preocupações de vício.
ENTENDA: QUAIS CRIPTOMOEDAS EXISTEM?
BITCOIN
Seu trunfo tecnológico é um sistema chamado "blockchain" ("cadeia de blocos"). É um registro público, impossível de ser alterado, das transações feitas na moeda, que garante segurança ao sistema.
O bitcoin foi a primeira criptomoeda, e hoje é a mais cara e mais popular. Devido à demanda, as transações podem demorar dias, e as taxas cobradas pelas corretoras são mais caras
Criação: jan.2009
Variação de preço (2017): 17,9 vezes
BITCOIN CASH
O bitcoin cash foi um derivado que se separou do bitcoin. Esse tipo de separação ("hard fork") acontece quando há uma mudança no protocolo de uma tecnologia tão drástica que exige que aquele código seja renomeado —ou seja, o novo protocolo perde a "natureza" de bitcoin. O bitcoin cash tem uma capacidade de comportar transações maior que o bitcoin comum
Criação: ago.2017
Variação de preço (2017): 3,4 vezes
MONERO
O monero foi criado com foco na privacidade. Diferentemente do bitcoin, que tem uma identidade única, cada monero é igual a outro e pode ser trocado por uma unidade do mesmo valor. Outra diferença é que o "blockchain" usado por essa criptomoeda não é rastreável, o que ajuda a ocultar transações. É a mais fácil de utilizar para fins escusos, como comprar drogas e armas
Criação: abr.2014
Variação de preço (2017): 23,3 vezes
ETHER
O Ethereum tornou o sistema de "blockchain" mais simples e mais eficiente. Sua promessa é revolucionar o setor de serviços e finanças com essa tecnologia, garantindo previsibilidade e segurança aos softwares. Na base desses sistema está a segunda moeda mais popular depois do bitcoin
Criação: jul.2015
Variação de preço (2017): 82,9 vezes
IOTA
É controversa por não contar com o "blockchain", que é o que torna o bitcoin seguro. A ideia por trás do IOTA é que a moeda pudesse ser usada para um "mercado de dados descentralizado", uma ideia que ninguém sabe muito bem o que é, mas que supostamente teria o apoio da Microsoft.
Por isso, a moeda valorizou oito vezes desde novembro, mas seu preço caiu 15% quando seus criadores tiveram que esclarecer, na última quarta-feira (13), que a parceria com Bill Gates não é oficial.
Em agosto, pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts) descobriram uma falha de segurança na criptografia da moeda, que já foi corrigida
Criação: jun.2016
Variação de preço (2017): 7,2 vezes
LITECOIN
É quase idêntico ao bitcoin, com um sistema mais complexo de mineração. Os criadores afirmam que o litecoin processa as transações quatro vezes mais rápido que o bitcoin. Valorizou bruscamente em 2017, especialmente com o movimento dos últimos meses de popularização maior das altcoins
Criação: out.2011
Variação de preço (2017): 69,2 vezes
RIPPLE
O ripple é um sistema usado por bancos como UniCredit, UBS e Santander. Eles não usam a moeda em si, e sim a tecnologia por trás dela. A finalidade é efetuar transações internacionais e câmbio. O ripple tem o terceiro maior valor de mercado das criptomoedas, atrás do bitcoin e do ethereum, respectivamente
Criação: 2012
Variação de preço (2017): 119,3 vezes
DASH
O dash funciona com uma tecnologia peer-to-peer, ou seja, com uma conexão de um dispositivo para outro. Não é descentralizado como o bitcoin. Quando foi lançado, devido a um bug, foi minerado 10% do estoque de dash disponível, o que causou uma distorção nos preços, que começaram muito baixos
Criação: jan.2014
Variação de preço (2017): 79,8 vezes
QUAIS NÃO EXISTEM?
Alguns golpistas vem montando esquemas de pirâmide com criptomoedas falsas, nos quais a "moeda" é apenas uma desculpa, um produto sem valor. A vítima paga para participar e ganha comissão se trouxer mais clientes, mas os retornos são incertos.
Por isso, pagar por uma ICO (oferta inicial de moeda) pode ser um mau negócio, já que muitas das "moedas" anunciadas nem sequer têm a tecnologia necessária para funcionar.
No começo de dezembro, a SEC (comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos), que criou um departamento para fiscalizar esse tipo de infração, impediu a ICO da PlexCoin, que queria levantar US$ 15 milhões e "prometia" retornos de 1.000%.
Abaixo, uma lista de "criptomoedas" comprovadamente falsas, cuja única função era encher o bolso de seus criadores.
ONECOIN
KRIPTACOIN
SWISCOIN
PLATIN COIN
PLEXCOIN
ADSCOIN
*
Para acompanhar os preços e valor de mercado, há sites como Coin Market Cap e CoinDesk. As maiores corretoras no Brasil são Foxbit e Mercado Bitcoin.
Fonte: Folha Online - 11/01/2018
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