EUA suspendem sobretaxas de aço e alumínio do Brasil, diz Temer
Publicado em 22/03/2018 , por Carla Araújo, Felipe Frazão, Lorenna Rodrigues e Gabriel Bueno da Costa
Segundo o presidente, a mensagem do governo de Donald Trump é que as taxas não serão aplicadas enquanto as conversações não forem concluídas
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, 21, em discurso de abertura da 47ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que recebeu a informação do governo norte-americano de que a sobretaxa de 25% sobre produtos siderúrgicos não será aplicada enquanto as conversações não forem concluídas.
"Soube agora de uma declaração da Casa Branca de que o Brasil é um dos países que começarão as negociações, que visam a eventuais exceções das tarifas de importação do aço e alumínio", disse Temer. Segundo o presidente, a mensagem do governo de Donald Trump é que as taxas não serão aplicadas enquanto as conversações não forem concluídas. "Portanto, uma boa noticia", declarou o presidente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também destacou a decisão no início de seu fala e afirmou que ficava feliz com a notícia. Segundo Meirelles, ontem ele teve um "diálogo serio, profundo, direto e cordial" com os secretários norte-americanos e expôs as razões que justificariam liberar o Brasil da taxação. "Uma sobretaxa no aço brasileiro vai em certas circunstâncias prejudicar o preço do aço americano, a indústria americana e o consumidor americano", disse Meirelles, explicando que a indústria dos EUA utiliza aço produzido no Brasil.
Meirelles disse que apontou com dados aos americanos que "não faz sentido" a taxação no caso brasileiro. "Não há nenhum indício de pratica anticompetitiva (por parte do Brasil)", afirmou.
EUA. Representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou nesta quarta-feira que o governo do presidente Donald Trump espera dialogar em breve com o Brasil sobre uma possível isenção nas tarifas à importação de aço e alumínio, que entram em vigor nesta semana.
Lighthizer citou o País enquanto atualizava os membros do Comitê de Meios e Medidas da Câmara dos Representantes sobre a situação do diálogo com várias nações sobre o tema. Ainda segundo ele, os países em negociação sobre as tarifas não terão de pagá-las, até o fim desse diálogo.
A autoridade americana confirmou que o Canadá e o México, parceiros dos EUA no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), podem ser excluídos das tarifas, que entram em vigor nesta semana. Ele também disse que a Coreia do Sul está em situação similar aos dois países do Nafta, em relação ao tema. Os EUA também têm dialogado com Austrália, Argentina e União Europeia sobe possíveis isenções tarifárias, acrescentou Lighthizer.
China. O representante de Comércio dos EUA afirmou também que a Organização Mundial de Comércio (OMC) é um foro "completamente inadequado" para lidar com a China, uma economia dominada pelo Estado. Ele informou que uma decisão sobre o comércio com o país deve sair "no futuro muito próximo" e que as tarifas contra os chineses devem ser voltadas a pressionar Pequim e a limitar prejuízos para os próprios EUA. Autoridades americanas preparam tarifas contra a China pelo suposto roubo de propriedade intelectual. O esforço contra a China é fruto de uma investigação de meses do governo Trump sobre as práticas chinesas relativas à propriedade intelectual. Essa apuração concluiu que os dados às empresas americanas por causa da transferência forçada de tecnologia fica em US$ 30 bilhões ao ano. As penalidades potenciais são tarifas e restrições a investimentos, disse a autoridade.
Lighthizer comentou ainda que houve "um grande progresso" na renegociação do Nafta. Segundo ele, porém, ainda há um caminho pela frente para que os EUA possam estar satisfeitos com o acordo. Trump ameaçou várias vezes abandonar o tratado, caso não o julgue mais interessante para seu país.
Fonte: Estadão - 21/03/2018
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