Inflação desacelera em março e chega ao menor nível para o mês desde o Plano Real
Publicado em 11/04/2018

IPCA variou 0,09% no mês e acumula 2,68% em 12 meses, segundo IBGE
A inflação oficial brasileira desacelerou com força em março, reforçando que há espaço para um novo corte de juros pelo Banco Central em maio.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) variou 0,09% no mês, bem abaixo do 0,32% registrado em fevereiro deste ano ou do 0,25% de março de 2017, informou o IBGE nesta terça-feira (10).
Nos 12 meses até março, o índice subiu 2,68%, ante 2,84% em fevereiro, distanciando-se ainda mais do piso da meta inflacionário para este ano, de 4,5% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O dado é o mais fraco para março desde a implantação do Plano Real em 1994 e ficou abaixo das expectativas em pesquisa da agência Reuters com economistas, de avanço de 0,12% na comparação mensal e de 2,71% na base anual.
"A sensação que a gente tem é que ainda há certa insegurança em relação aos caminhos que a economia vai seguir", afirmou o gerente do índice Fernando Gonçalves. "Ainda há instabilidade econômica com desemprego e renda. Algumas pessoas também estão inseguras em gastar."
O BC já cortou a Selic (taxa básica de juros) para a mínima histórica de 6,5% e indicou nova redução em maio, antes de encerrar o ciclo de flexibilização.
A desaceleração de março se deve principalmente à redução dos preços das passagens aéreas, em média 15% mais baratas.
“Se considerarmos janeiro e fevereiro como meses de férias, a tendência é de os preços caírem em março, com a volta às aulas”, diz Gonçalves. Segundo ele, se não houvesse a baixa das passagens, o índice no mês seria de 0,16%.
Com isso, o setor de transportes também registrou deflação, de 0,25%. Os combustíveis caíram 0,04%, com destaque para a gasolina (-0,19%).
Outro grupo que contribuiu para a queda foi o de comunicação, com deflação de 0,33%, motivada pela redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas, de fixo para móvel, desde 25 de fevereiro.
FRUTAS
As altas ficaram por conta de frutas — 5,32%, maior impacto individual sobre o índice—, que, com a sazonalidade da oferta, puxaram levemente o grupo de alimentação e bebidas (0,07%), depois de deflação de 0,33% em fevereiro.
“Apesar disso, também por conta da oferta, os preços das carnes (-1,18%), do tomate (-5,31%) e do frango inteiro (-2,85%) caíram”, diz Gonçalves.
O aumento dos planos de saúde e o reajuste nas tarifas de energia elétrica do Rio de Janeiro também participaram significativamente na composição da inflação de março.
O grupo saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação no mês (0,48%), com os planos de saúde subindo 1,06%.
No grupo habitação, a alta de 0,19% foi impulsionada pela energia elétrica (0,67%), devido à apropriação dos reajustes de 9,09% e 21,46% nas tarifas das concessionárias do Rio de Janeiro, em vigor desde 15 de março.
SOB CONTROLE
Ilan Goldfajn, presidente do BC, apontou nesta terça que, apesar das quedas significativas em anos recentes, a inflação projetada para 2018 e para os próximos anos "está sob controle, convergindo para as metas".
Nas contas do BC, a inflação deve fechar este ano em 3,8% pelo cenário de mercado, abaixo da meta de inflação, mas dentro da margem de tolerância.
Ao fazer sua apresentação em audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Ilan lembrou que o IPCA caiu de 10,7% em 2015 para o atual patamar.
Ele reiterou, no entanto, a mensagem de que o BC deve adotar novo corte na Selic em maio, encerrando o ciclo de afrouxamento monetário em seguida, se o cenário base da autoridade monetária não se alterar.
"Há expectativa que a recuperação da atividade econômica contribua para a convergência da inflação rumo às metas no horizonte relevante", disse.
Fonte: Folha Online - 10/04/2018
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