Motoristas se sentem enganados por postos de gasolina; número de queixas dispara
Publicado em 16/04/2018
Com aumento do preço, postos estão sendo mais "criativos" na hora de fazer cartazes. Queixas dos motoristas ao Reclama Aqui subiu 130% em 2018
Na última medição semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) de 2017, divulgada em 30 de dezembro, o preço médio do litro de gasolina nos postos de combustível do Brasil era de R$ 4,099. De lá pra cá, as semanas de alta foram mais recorrentes do que as de baixa ao longo do primeiro trimestre e a própria ANP divulgou que o preço atual do litro de gasolina no país é de R$ 4,208.
Esse aumento de R$ 0,109 pode até parecer pouco, mas tanto motoristas quanto frentistas sabem que não é. No final, os mais de dez centavos de reajuste no preço do litro fazem uma baita diferença na conta. Considerando um tanque de combustível normal de 60 litros, quem pagava R$ 245,94 para completar no final de 2017, agora paga R$ 252,48.
Mas o que cresceu ainda mais no mesmo período foi o número de reclamações a respeito da propaganda desses mesmos preços nos postos de combustível. Cientes de que o valor está "salgado", frentistas estão se aproveitando da distração dos motoristas no trânsito para fazer cartazes cada vez mais "criativos" e enganar os consumidores.
Segundo dados do Reclame Aqui, o número de queixas sobre propaganda enganosa por parte dos postos de combustível cresceu 130% no primeiro trimestre de 2018. A maior parte das queixas dessa área diz respeito ao mal funcionamento de aplicativos que oferecem descontos no combustível ou outras vantagens, indisponibilidade de redes de cartão ou aplicativo que só são comunicadas pelos postos depois de abastecer, mas há também quem reclame sobre o uma indução ao erro por parte dos cartazes que anunciam os valores.
Numa das reclamações, feita em 6 de março de 2018, um motorista relata que foi enganado por um posto de combustível em São Paulo que supostamente vendia gasolina a R$ 3,89, mas cobrava R$ 4,59. Atrasado para um compromisso, pagou no cartão e só quando chegou em casa percebeu que o valor estava bem acima.
No dia seguinte, voltou ao mesmo lugar e percebeu que, em letras miúdas, o cartaz indicava que o preço de R$ 3,89 era, na verdade, do diesel. A gasolina realmente custava bem mais.
Como resposta ao caso no site, um funcionário dos Postos Ipiranga, bandeira do posto em questão, agradeceu o contato e disse que o problema tinha sido resolvido. O consumidor, porém, não encerrou o caso e disse "depois de enganar centenas, talvez milhares de consumidores, é fácil dizer que o problema foi corrigido, mas para ter certeza de que foi mesmo resolvido iremos divulgar em várias nas redes sociais."
A prática de fazer a reclamação pelo Reclame Aqui e mesmo pelas redes sociais, no perfil pessoal ou na própria página da empresa no Facebook, vem se tornando bastante comum, mas o consumidor que deseja fazer uma queixa formal deve procurar, também, a agência reguladora responsável.
No caso dos postos de combustível, a própria ANP. Ela não tem o poder de pedir o reembolso do consumidor, mas pode multar e até autuar os postos para, como queria o cliente ludibriado, outros não passem pelo mesmo problema.
Fonte: Brasil Econômico - 15/04/2018
Notícias
- 03/05/2024 Índice de inadimplentes sobe no 1º tri, mas tem 8ª queda mensal seguida no país, diz Boa Vista
- Johnson & Johnson avalia acordo de R$ 33 bi em processo sobre talco
- Dólar cai, bolsa sobe e melhora perspectiva do Brasil pela Moody’s
- Prefeitura tem de indenizar família que perdeu casa em deslizamento de terra
- Receita Federal informa que mais de 20,3 milhões de contribuintes já enviaram declaração do IR
- Concurso Unificado pode ter mudanças no RS por conta das chuvas
- Consumidora será indenizada por práticas abusivas durante conserto de veículo
- Filho não herda dívida tributária se pai morreu antes de citação
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)