CUIDADO COM O BOLSO! SUA VELHICE VEM AÍ...
Publicado em 02/07/2018 , por Alex Campos
Brasileiro não tem poupado o suficiente para o futuro
A questão é: o brasileiro tem poupado, guardado, acumulado o suficiente para o futuro? A resposta é: NÃO. Por isso eu fui ouvir um especialista sobre a importância de se investir na aposentadoria extraoficial ou adicional a fim de se preparar financeiramente para a terceira idade. Raphael Swierczynski é executivo-chefe da Ciclic, primeira fintech de previdência complementar 100% digital no Brasil.
Swierczynski é mais uma voz profissional a alertar que a longevidade do brasileiro está aumentando: "Segundo o IBGE, 30% da população serão formados, em 2028, por pessoas com mais de 50 anos de idade". E quando cresce a expectativa de vida, cresce também a importância de planejar nossa situação financeira na velhice, certo? "Deveria crescer, mas infelizmente isso não acontece no Brasil. Estudos mostram que poupar não é da natureza humana, mas no âmbito nacional essa tendência aqui é especialmente marcante".
O executivo da Ciclic cita levantamento do Datafolha revelando como o brasileiro é imediatista: "Consta que 65% da população não guardam dinheiro para o futuro, número extremamente preocupante em um país onde a ineficiência do sistema previdenciário tornou emergencial uma reforma da previdência, ainda sem data definida. Analisando as projeções de crescimento populacional do país, é fácil entender que, no modelo atual, a previdência social não chegará a 2050 sem uma mudança profunda. As projeções indicam que, do jeito que esta, a previdência oficial no Brasil custará ao país quatro vezes mais do que custa, em média, nas outras nações". Swierczynski lembra de outro dado alarmante: "Um relatório do Banco Mundial projeta que, em 2030, o Brasil terá mais crianças e idosos do que pessoas em idade ativa (15 e 64 anos). Isso gera muita preocupação porque o número de pessoas no mercado de trabalho (produzindo, gerando riqueza e pagando impostos) tende a diminuir".
Ou seja, o Brasil está perto de perder uma vantagem social, econômica e previdenciária chamada "bônus demográfico" (quando o país tem mais jovens do que idosos trabalhando), situação já aproveitada com sucesso na Alemanha e na Coreia do Sul - dois gigantes em educação e inovação.
A INFLAÇÃO DA TERCEIRA IDADE
Também preocupantes são dados da inflação sênior e da aposentadoria. O IPC-3i, que analisa a inflação na terceira idade, é calculado em função de alguns fatores como, alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, além de despesas diversas. "O índice aponta que esses custos têm aumentado consideravelmente", observa Swierczynski. "A medição feita pela FGV/Ibre no quarto semestre de 2017 apontou que as principais influências são plano e seguro saúde, gasolina, tarifa de eletricidade, batata-inglesa e o condomínio residencial".
NÃO É FÁCIL POUPAR NO BRASIL
"Claro, não é fácil poupar no Brasil", reconhece o especialista da Ciclic. "Em países nos quais há menos desigualdade social e mais serviços públicos de qualidade, principalmente, na educação e na saúde, além de uma previdência social confiável, a necessidade de economizar não é tão evidente ou urgente. Isso, no entanto, não muda o fato de que a falta de planejamento financeiro representa um problema grave em nosso país, capaz de tornar a chamada 'melhor idade' um verdadeiro pesadelo para muitas pessoas".
O MAIS IMPORTANTE E O MAIOR DESAFIO
"É por essa razão que a previdência privada, ou complementar, ganha cada vez mais força como opção de investimento para garantir uma aposentadoria confortável", diz Swierczynski. "Enquanto no modelo oficial - pelo INSS - não é possível escolher o valor da contribuição, que é automático e proporcional ao salário recebido, na previdência privada o beneficiário pode investir o quanto quiser, pelo tempo que quiser, de acordo com seus objetivos e suas disponibilidades, além de poder estipular renda mensal superior à definida pelo governo". No entanto, mais importante que qualquer modalidade de investimento é aprender a controlar os gastos, poupar, guardar. Esse é um desafio considerável diante de despesas imensas e orçamentos apertados ou deficitários. E o desafio maior ainda é contar apenas com a previdência social para suprir necessidades básicas quando o futuro (logo-logo) se tornar presente.
Fonte: O Dia Online - 01/07/2018
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