Operação contra fraude na fabricação de cigarros apura R$ 3,5 bi de prejuízo aos cofres públicos
Publicado em 17/04/2019 , por Laísa Dall'Agnol

A Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (16) a Operação Grandes Rios, que visa combater fraudes no setor de fabricação de cigarros e apura cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo aos cofres públicos.
Dentre os crimes investigados, estão falsificação de selo ou sinal público, sonegação de tributos federais, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e evasão de divisas, informaram os órgãos.
Segundo o MPF, os envolvidos praticavam concorrência desleal com as demais empresas do setor de cigarros desde 2014, ao explorar, em nome de "laranjas", fábricas de cigarros que acabavam por gerar um grande passivo tributário, nunca quitado com a Receita.
O lucro era convertido em bens e valores acumulados no Brasil e no exterior através de lavagem de dinheiro. O resultado desse ciclo fraudulento era a incapacidade de cobrança dos impostos sonegados, uma vez que os sócios e as empresas não possuíam patrimônio para pagá-los, enquanto os recursos da organização, principalmente os de seu líder, aumentavam, explicou a PF.
Ainda de acordo com as investigações, estima-se que, desde o início da articulação do esquema, cerca de 200 milhões de cigarros foram comercializados pelo grupo em todo o Brasil.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande de Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul - daí o nome "Operação Grandes Rios" -, São Paulo e Pernambuco.
A investigaçãoAs investigações tiveram início quando a Receita identificou que uma indústria de cigarros havia sido formada por pessoas sem capacidade financeira - conhecidos como "laranja" -, deixando significativas dívidas tributárias.
Após a constituição do crédito, afirmam os investigadores, a empresa teve seu registro cancelado e encerrou suas atividades sem pagar os tributos devidos. No entanto, verificou-se que a organização deu continuidade às suas operações no mesmo ramo por meio de uma nova empresa, situada no Rio Grande de Norte, também com a utilização de “laranjas”.
Até o momento, foram lançados pela Receita um total de R$ 2 bilhões em crédito tributário e, na mesma investigação, está sendo apurado mais R$ 1,5 bilhão em sonegação fiscal.
De acordo com o Ministério Público Federal, as investigações apuraram indícios de que os envolvidos estavam planejando abrir duas novas fábricas "laranjas" nos estados do Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Para produzir cigarros no Brasil, as indústrias necessitam de um Registro Especial fornecido pela Receita, além da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Um dos requisitos para a manutenção desse registro é a regularidade fiscal da empresa.
A partir do momento em que a Receita identifica a sonegação e cobra os impostos, caso não haja o seu pagamento, o Registro Especial é cancelado, o que, de acordo com o órgão, ocorreu anteriormente com indústrias operadas de forma oculta pela organização criminosa investigada.
Fonte: Folha Online - 16/04/2019
Notícias
- 15/05/2025 Governo muda regra de permanência no Bolsa Família
- Medicamentos para hospitais têm inflação de 4,18% em abril, aponta pesquisa
- Uso do Pix sobe 52% entre 2023 e 2024, diz Febraban
- Caixa libera abono salarial para nascidos em maio e junho
- China dispensa visto para brasileiros em viagens de até 30 dias
- Embalagem 'mágica' muda de cor para avisar se peixe está estragado
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)