Carros novos têm reajustes muito acima da inflação
Publicado em 14/09/2020 , por Eduardo Sodré
Entre os meses de agosto de 2019 e de 2020, os preços dos cinco automóveis mais vendidos do Brasil subiram 9%, em média
Consumidores que procuram carros zero-quilômetro têm encontrado preços mais altos. Os reajustes acumulados superam com folga a média da inflação nos últimos 12 meses, que ficou em 2,44% segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Na comparação entre os meses de agosto de 2019 e de 2020, os valores dos cinco automóveis mais vendidos do Brasil subiram 9%, em média.
O cálculo se baseia nos preços públicos sugeridos pelas montadoras, sem levar em conta descontos eventuais ou ágio. Foram consideradas as versões mais simples de Chevrolet Onix hatch, Fiat Strada, Hyundai HB20 e dos Volkswagen Gol e T-Cross.
Todos os veículos em questão mantiveram as características entre um ano e outro. No caso de Onix e Strada, que ganharam uma nova geração, foram consideradas as versões Joy e Hard Working, respectivamente. Ambas preservaram a carroceria e o pacote de equipamentos de 2019.
A situação piora entre os carros importados, com reajustes superiores a 20%. É o caso do Peugeot 3008, que é produzido na França.Em setembro de 2019, a versão Allure era anunciada por R$ 144.990. Hoje, o preço exibido no site da marca é de R$ 195.990, uma alta de 35,2%.
Na Toyota, o SUV híbrido japonês Rav4 é anunciado por R$ 241.990. Há um ano, o mesmo carro custava R$ 186.990 --houve um reajuste acumulado de 29,4% no período.
Os automóveis usados acompanham o movimento e se valorizam. De acordo com a KBB Brasil, empresa especializada na precificação de veículos, os valores médios de modelos com até três anos de uso subiram 0,33% em agosto.
A principal explicação para a disparada dos preços de carros zero-quilômetro é a alta do dólar. A moeda americana fechou agosto de 2019 cotada a R$ 4,14. Já no fim do mês passado, estava sendo negociada a R$ 5,47.
Mesmo carros produzidos no Brasil têm diversos componentes importados, que podem ser um motor inteiro ou um chip que fica escondido dentro do sistema de som.
Os custos de produção em tempos de distanciamento social também entram na conta. As montadoras operam em turnos reduzidos tanto pela queda nas vendas como por questões de saúde. O ritmo, antes frenético, está mais lento.
A retração não vem apenas da pandemia. A indústria automotiva instalada no país trabalha muito abaixo de sua capacidade desde 2014, e o coronavírus interrompeu o ciclo de recuperação.
Neste cenário, não parece haver margens para redução de preços. As empresas brigam por rentabilidade em um ambiente de forte concorrência e volumes menores.
Quem pode cobrar mais não hesitará em fazer isso. Quem não pode tenta atrair consumidores com facilitação do financiamento e estratégias para aqueles que têm acesso a isenções fiscais.
Fonte: Folha Online - 11/09/2020
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