Como organizar as finanças para começar 2024 sem dívidas
Publicado em 05/12/2023 , por Bruna Correia

Especialista dá dicas de como se organizar para conseguir começar o ano novo no azul
Falta menos de um mês para o início de 2024 e este pode ser o momento ideal para iniciar uma nova fase sem dívidas . Renegociações, pagamentos adicionais e outras estratégias podem ser empregadas para promover a organização das dívidas.
Em entrevista para o Portal iG, Thiago Godoy, que é educador financeiro da Rico, defende que o primeiro passo então é fazer um raio-x completo das dívidas. “É importante que o consumidor liste todas as suas dívidas, desde empréstimos até parcelamentos, de acordo com a taxa de juros e valor pendente. Divida maior e mais cara em juros precisa ser paga primeiro”, defende.
“Está cada vez mais fácil obter uma boa negociação para sanar suas dívidas. Não tenha vergonha de buscar negociar com seus credores. Muitas vezes, eles estão dispostos a discutir condições de pagamento muito mais vantajosas. Você pode tanto renegociar taxas de juros e estabelecer novos prazos pode aliviar a pressão financeira”, complementa.
Para quem está em uma condição financeira ainda mais desafiadora, o governo ainda mantêm ativa a última fase do programa Desenrola Brasil, para renegociação de dívidas, que permite o contato entre empresas e devedores para quitar o débito e limpar o nome.
Os interessados poderão renegociar suas dívidas com descontos e pagá-las à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. O programa deve ficar vigente até o final deste ano.
Nesta etapa, o programa vai renegociar dívidas de pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham dívidas de até R$ 5 mil. Posteriormente, é possível que esse limite suba para R$ 20 mil.
Pessoas com renda bruta mensal de até 2 (dois) salários-mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) poderão negociar suas dívidas com desconto. Atualmente elas podem renegociar as dívidas que tenham sido negativadas de 2019 a 2022, e cujo valor atualizado seja inferior a R$ 20 mil.
“Após zerar as suas pendências, é essencial criar uma reserva de emergência. Essa é a reserva que te salvará em momentos imprevistos (e sim, eles vão acontecer). Você não quer precisar pegar um empréstimo e pagar altos juros por falta de disciplina, não é mesmo? Por isso, destine uma porcentagem fixa do seu salário para poupar e investir em ativos com liquidez diária. O Tesouro Selic e um bom CDB com liquidez diária (e rentabilidade próxima a 100% do CDI) são duas opções”, conclui.
No 1º semestre de 2023, a inadimplência no Brasil teve a primeira queda no ano ao atingir 71,45 milhões de negativados, segundo os dados do mês de junho do Mapa de Inadimplência da Serasa. Em relação a maio, a redução foi de 450 mil pessoas inadimplentes no país sobre os 71,9 milhões de endividados no período (-0,63%), interrompendo assim uma sequência de aumento da inadimplência ao longo deste ano.
Ao mesmo tempo, o número total de dívidas também caiu, passando de 264,5 milhões (maio) para 262,8 milhões (junho), uma queda de -0,62%. Já o valor total de dívidas no mês passado ficou em R? 346,3 bilhões, com um valor médio das dívidas por pessoa de R? 4.846,15.
O total de inadimplentes corresponde a 43,78% da população adulta do país. E entre os Estados, o Rio de Janeiro é o líder, atingindo índice de 52,80%. Na sequência aparecem Amapá (52,72%), Amazonas (52,20%), Distrito Federal (52,05%) e Mato Grosso (50,33%).
Fonte: economia.ig - 05/12/2023
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