O fim do boleto? Entenda a revolução da duplicata eletrônica para empresas e pagamentos
Publicado em 30/09/2025
Em vez de um pedaço de papel, o título é uma informação digital registrada e armazenada em um ambiente seguro; ferramenta de IA pode ajudar na transição
O mundo financeiro está em constante evolução, e com a digitalização de processos, novas ferramentas surgem para modernizar e, principalmente, dar mais segurança às transações comerciais. Nesse cenário, a duplicata escritural se destaca como uma versão digital e mais segura da tradicional duplicata de papel. Mas o que ela realmente significa e como impacta as empresas?
Em sua essência, a duplicata é um título de crédito emitido por um vendedor para comprovar que uma venda de mercadoria ou prestação de serviço foi realizada e que o comprador tem a obrigação de pagar por ela. A duplicata de papel, no entanto, sempre carregou riscos, como a possibilidade de falsificação, extravio ou a necessidade de um manuseio físico complexo.
A transição para o ambiente digital
A duplicata escritural, ou duplicata eletrônica, nasce para resolver esses problemas. Ela não existe em formato físico; é um registro eletrônico que circula dentro de um sistema de escrituração. Ou seja, em vez de um pedaço de papel, o título é uma informação digital registrada e armazenada em um ambiente seguro, geralmente gerenciado por uma instituição financeira ou uma câmara de liquidação.
Essa transição para o formato eletrônico traz diversas vantagens, sendo a principal delas a segurança. A duplicata escritural é praticamente imune a fraudes, pois a sua autenticidade e a rastreabilidade da transação são garantidas pelo próprio sistema. Cada etapa, desde a emissão até o pagamento, é registrada e pode ser consultada. Isso reduz drasticamente o risco de fraudes e disputas judiciais.
Além da segurança, o formato digital otimiza a gestão de recebíveis para as empresas. A duplicata eletrônica pode ser gerenciada de forma mais eficiente, permitindo que as companhias tenham um controle mais preciso sobre seus fluxos de caixa e facilitem operações como a antecipação de recebíveis junto a bancos e fundos. O processo, que antes demandava a entrega física de uma pilha de documentos, poderá ser feito de forma ágil, com um clique.
Solução com inteligência artificial
Para apoiar essa transição, a V360 lançou uma ferramenta gratuita de inteligência artificial que responde a dúvidas frequentes sobre o funcionamento do novo sistema. O recurso já está disponível online e pode ser acessado por qualquer interessado. A proposta é simplificar um tema regulatório considerado complexo, oferecendo orientações práticas a profissionais de finanças, contabilidade e tesouraria. O objetivo é ajudar empresas a compreender as novas exigências e adaptar seus processos internos.
Pelas regras definidas pelo Banco Central, apenas duplicatas registradas em entidades autorizadas poderão ser usadas em operações de cessão de recebíveis. Isso exige adequações tecnológicas e procedimentais para garantir conformidade e manter competitividade.
Embora não substitua consultorias especializadas, a ferramenta oferece informações sobre registro, entidades autorizadas, integração de sistemas e cuidados para evitar perda de prazos ou de oportunidades de crédito. Segundo Izaias Miguel, co-CEO da V360, a duplicata escritural pode marcar uma virada no sistema financeiro.
“Esse modelo pode liberar mais de R$ 10 trilhões em crédito à cadeia de fornecedores B2B. Mas, para que esse potencial seja aproveitado, as empresas precisam entender a dinâmica do registro e adequar seus processos internos. A ferramenta foi criada justamente para traduzir esse cenário em respostas claras e aplicáveis ao dia a dia das equipes.”
Fonte: Jovem Pan - 29/09/2025
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