Onde conseguir dinheiro mais barato para pagar as contas de janeiro
Publicado em 22/01/2018 , por Regina Pitoscia

As contas de virada de ano arrebentaram o orçamento? Fatura de dezembro do cartão acumulou com os gastos na compra de material escolar? Mas espera aí, ainda tem IPTU, IPVA, seguro-obrigatório…
São despesas que, invariavelmente, se repetem a cada início de ano, e o sufoco, também. Situação provocada, às vezes, porque não houve planejamento para a formação de uma reserva, às vezes, por que apareceu algum imprevisto. O fato é que entrar janeiro tropeçando nos compromissos não é um bom sinal. É como derrapar logo na primeira curva.
O mais indicado é buscar saídas, opções em que o crescimento da dívida seja o menor possível. É preciso comparar os juros entre as diferentes linhas de financiamento, juros entre instituições financeiras e até mesmo juros com os acréscimos que terá de bancar caso atrase o pagamento. Tem de fazer as contas, mas pode valer mais a pena atrasar um mês algum compromisso, pagando multa e juros, do que entrar e ficar devendo a mesma quantia no cheque especial, que tem uma das taxas mais altas do mercado.
Aliás, nesta semana, o próprio Banco Central tratou de dar uma pressionada nos bancos para que encontrem uma forma de baixar os juros do cheque especial. No período de 28 de dezembro a 4 de janeiro, nos cinco maiores bancos do País, as taxas ao mês eram as seguintes: Bradesco, 12,14%; Caixa, 12,50%, Banco do Brasil, 12,55%; Itaú, 12,78%; Santander 14,72%. Praticamente o mesmo nível de juros do início de 2017, embora a taxa referencial da economia, a Selic, tenha despencado mais de 6 pontos percentuais nesse mesmo período.
Portanto, se os acréscimos em contas atrasadas forem inferiores a esses níveis de juros, não compensa entrar no cheque especial para pagá-las em dia.
Linhas de crédito
Assim como o cheque especial, também não vale a pena recorrer ao rotativo do cartão de crédito – nem ao regular, em que é pago uma parcela mínima de 15% da fatura, nem ao não regular, em que não há nenhum pagamento, e a dívida é renegociada depois de um mês do atraso. Para ter uma ideia, essas linhas de crédito cobram juros que vão de 8,5% a quase 20% ao mês.
Já o crédito consignado é boa opção para quem recebe salário ou aposentadoria, por meio de folha de pagamento, com crédito em conta corrente. Para o aposentado, as taxas giram em torno de 2% ao mês, para o funcionário público ficam até mesmo abaixo disso, e para o assalariado do setor privado, entre 2,5% e 3% ao mês.
No crédito pessoal, uma faixa intermediária em termos de custo, as taxas nos maiores bancos estavam na virada do ano em:
Não há como questionar a vantagem do crédito pessoal sobre o cheque especial ou o cartão de crédito. Mas nem sempre é fácil consegui-lo no banco. Ora são a renda ou o perfil de crédito do interessado os impeditivos, ora são a indisponibilidade de recursos ou a oferta de valor bem abaixo do pretendido usadas como justificativas. Enfim, razões não faltam para negativas e frustrações.
Mais camaradas
Outras opções de crédito estão surgindo no mercado em função das novas tecnologias. São as plataformas digitais, que permitem a oferta de crédito on-line, pela internet. Por não contarem com os mesmos custos que os bancos tradicionais, essas empresas financeiras têm condições de reduzir o custo do dinheiro nos empréstimos.
A Lendico é uma delas. No site www.lendico.com.br, o interessado pode fazer simulações. Basta informar o valor e o prazo para pagamento desejados que fica sabendo qual o valor da primeira prestação a ser paga. Mais que isso, há um comparativo entre a sua taxa, que pode variar de 2,97% a 7,5% ao mês, de acordo com as condições do financiamento, e a taxa a dos cinco grandes bancos do País (confira abaixo).
A Creditas (www.creditas.com.br) é outra que faz parte desse naipe de novas financeiras online e com um diferencial: empresta recebendo como garantia, o carro ou o imóvel do candidato ao empréstimo. Com isso, ao reduzir os riscos da operação, a empresa tem condições de oferecer taxas ainda mais baixas: a partir de 1,75% ao mês (veículos), e 1,15% ao mês (imóvel), informa o site.
Quem tiver um bem em seu nome, pode ter acesso a essa linha mais barata de financiamento, com o cuidado de se planejar de forma adequada e pagar em dia as prestações. É que a inadimplência pode levar à perda do bem que foi oferecido como garantia.
Veja a simulação de uma prestação inicial para empréstimos, de R$ 10 mil e R$ 20 mil, a ser pagos em 36 meses:
No financiamento de R$ 10 mil, do mais caro ao mais barato, existe aí uma diferença de R$ 266,00 no mês, mas que ao longo de 3 anos pode superar R$ 9,5 mil. É quase o valor de mais um empréstimo de R$ 10 mil, considerado no exemplo. Já no financiamento de R$ 20 mil, a diferença é de R$ 536,00 por mês, ou de mais de R$ 20 mil em 3 anos.
Custo Efetivo Total
Igualmente importante, além dessas comparações, é saber a diferença entre taxa efetiva e o Custo Efetivo Total (CET). A primeira é o juro cobrado, e o segundo incorpora outros encargos como impostos (IOF) e tarifas que podem ou não ser cobradas, como a de cadastro ou de avaliação do bem. É importante sempre perguntar pelo CET, que sempre será mais alto, mas o efetivamente cobrado.
No exemplo acima, a Creditas informou que a taxa efetiva é de 1,98% e o Custo Efetivo Total, de 2,60% ao mês para empréstimos no valor de R$ 10 mil; e que no financiamento de R$ 20 mil, a taxa efetiva é de 1,78% e o Custo Efetivo Total, de 2,36% ao mês. A Lendico também informa no site, que considerou o CET em sua simulação. No caso, de 3,01% para as duas faixas de empréstimo.
Fonte: Estadão - 19/01/2018
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