Refinarias respondem por 1/6 do aumento da gasolina, diz Petrobras
Publicado em 20/02/2018 , por Nicola Pamplona Taís Hirata
Os preços passam a ser divulgados em reais por litro e não mais percentuais de reajuste
A Petrobras colocou em prática nesta segunda (19) novo modelo de divulgação dos preços dos combustíveis, anunciado antes do Carnaval. A partir de agora, ao invés dos percentuais de reajustes diários, a empresa divulga os preços da gasolina e do diesel em reais por litro.
Em nota, a companhia defende que foi responsável por apenas um sexto do aumento da gasolina desde outubro de 2016, quando anunciou nova política de preços.
Nesta segunda, a gasolina é vendida pela estatal a R$ 1,5148 por litro, alta de 1,82% em relação ao preço vigente na sexta (16). Já o diesel é vendido a R$ 1,7369, aumento de 1,5%.
A empresa ressalta que os valores representam uma média nacional —já que há variações entre as refinarias— e não consideram nenhum imposto.
A Petrobras alega que a divulgação dos preços, ao invés dos percentuais, pode garantir maior transparência ao mercado. A mudança foi anunciada no mesmo dia em que o governo acusou supostos cartéis por manipular os preços nas bombas.
De acordo com a nota, o preço da gasolina nas bombas subiu R$ 0,54 por litro no período, passando de R$ 3,69 para R$ 4,23 por litro. A alta nas refinarias foi de R$ 0,09.
No caso do diesel, o aumento nas bombas no período foi de R$ 0,35 por litro (de R$ 3,05 para R$ 3,40). Nas refinarias, o preço subiu R$ 0,12, segundo a estatal, o equivalente a um terço da alta.
CAUSAS DO AUMENTO
O principal impacto nas bombas neste período foi provocado por aumento nas alíquotas de PIS/Cofins no final de julho de 2016. Apenas naquele momento, os preços da gasolina subiram R$ 0,41 e R$ 0,21 por litro, respectivamente.
"Os impostos federais e estaduais são responsáveis por 50% do preço final", afirma Leonardo Gadotti, presidente da Plural, entidade que reúne as grandes distribuidoras do país.
Outro fator relevante para a alta foi o preço do etanol anidro, que subiu 32% desde que julho de 2017, diz ele.
O álcool representa 13% do custo total da gasolina; a Petrobras responde por 28% desse valor.
As margens das distribuidoras, postos de gasolina e transportadoras representam 14% do preço final.
Esse valor não teve aumento, afirmam as entidades desses setores.
"As margens de logística reduziram 5%, entre junho de 2017 e hoje", diz Gadotti.
Para os postos de gasolina, suas margens ficaram "de estáveis para menos", segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro, sindicato paulista que representa as varejistas.
"Ninguém se aproveitou da situação, muito pelo contrário, o mercado está cada vez mais competitivo. [As acusações feitas pelo governo de que há cartel] são uma irresponsabilidade do governo. Se há cartel, ele que prove e prenda os responsáveis."
Gouveia ainda criticou a forma de divulgação dos preços pela Petrobras. Para ele, os valores deveriam ser publicados segundo cada localidade, e não uma média, já que há variações significativas.
"É outra irresponsabilidade, deveriam publicar base por base. A hora em que põe um valor médio do Brasil inteiro, gera uma expectativa no consumidor em Amazonas, onde o preço é muito maior que em São Paulo. Teria que ser algo mais profissional", diz.
Fonte: Folha Online - 19/02/2018
Notícias
- 30/04/2025 Diretor-geral da Aneel pede vista de processo sobre revisão tarifária da Light
- Gás de cozinha é único combustível a registrar alta na semana de 20 a 26 de abril, diz ANP
- Caesb é condenada a indenizar consumidores por falha no fornecimento de água
- Dia do Trabalho: bancos abrem no feriado? E os Correios? Veja o que vai funcionar no 1º de maio
- Condenado homem que forneceu máquina de cartão para extorquir vítima de sequestro relâmpago
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)