Empréstimos devem seguir com juros em queda, mas ainda longe da Selic
Publicado em 09/04/2018
Mesmo após a interrupção do ciclo de cortes da taxa Selic, que deve ser aplicada pelo Copom em junho, os juros do crédito devem continuar caindo
Mesmo após a interrupção do ciclo de cortes da taxa Selic , previsto para junho, os juros do crédito devem continuar caindo. Isso será possível com a recuperação da economia e a maior competição no mercado de crédito, avaliou o diretor de Economia da Associação Brasileira de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu em março a taxa básica de juros pela 12ª vez seguida, ao menor nível da história, para 6,5% ao ano, e sinalizou um novo corte em maio, com interrupção do ciclo em junho. A expectativa é que a Selic seja reduzida em 0,25 ponto percentual para 6,25% ao ano. O atual ciclo de cortes começou em outubro de 2016, quando estava em 14,25% ao ano.
Apesar do menor patamar da Selic, os juros ao consumidor ainda são altos. A taxa média para pessoas físicas estava em 74,3% ao ano, em outubro de 2016, e chegou a 57,72% ao ano, em fevereiro. Ou seja, enquanto a Selic caiu 54%, essa taxa média dos empréstimos às famílias teve redução de 22%.
No entanto, existem taxas ainda mais altas, como a do cheque especial, que não mudou muito nesse período. Em outubro de 2016 estava em 328,52% ao ano e em fevereiro desse ano chegou a 324,12% ao ano. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições financeiras devem apresentar mudanças no cheque especial ainda neste mês, mas ainda não foram divulgados detalhes da alteração.
“As taxas de juros nunca vão cair na mesma proporção da queda da Selic porque ela é um dos itens que compõem o custo. Além da Selic, tem impostos e compulsórios, despesas administrativas, risco, ou seja, parte do que os bancos emprestam eles não recebem de volta, e o lucro. Naturalmente, nada justifica o patamar dos juros que existe hoje”, disse o diretor da Anefac .
Oliveira destacou que os juros do crédito ainda são altos devido ao “baixo nível” do saldo das operações de crédito, concentração bancária (poucas instituições atuando no mercado), compulsórios altos (parte do dinheiro depositado nos bancos que deve ser recolhida ao BC) e desemprego, o que leva a aumento de risco.
Segundo o diretor da Anefac, o custo de captação do dinheiro pelo banco (Selic) corresponde a 20% da taxa de juros do crédito. A maior parte da composição da taxa é o risco de inadimplência (32%). O lucro corresponde por 27%, impostos e compulsório, 20%, e despesas administrativas com funcionários e o processo de liberação do crédito, 1%. Oliveira explicou que essas despesas administrativas são mais baixas porque os bancos cobram tarifas para cobrir parte desses custos.
Fonte: Brasil Econômico - 08/04/2018
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