Mais de 6 milhões de brasileiros vivem em casa cedida, diz IBGE
Publicado em 27/04/2018 , por Nicola Pamplona
O número de domicílios onde morador é proprietário e não quitou prestações caiu 4,5% em 2017
Com a crise, um número maior de brasileiros passou em 2017 a viver em imóveis cedidos por terceiros, indica pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada nesta quinta (26). O número de moradores por residência também aumentou no período.
De acordo com o IBGE, 6,07 milhões de domicílios estavam cedidos a outras pessoas no país no ano passado, alta de 7% com relação a 2016. Se enquadram nesta categoria imóveis de parentes ou amigos emprestados aos moradores ou cedidos por empregadores.
Os dados são parte da pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, feita com base em informações coletadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C).
A gerente da Pnad-C, Maria Lúcia Vieira, diz que a pesquisa não permite identificar as causas do crescimento. E, como a coleta dos dados começou a ser feita em 2016, não há como fazer comparações de longo prazo.
Mas a pesquisa mostra também que houve queda de 4,5% no número de domicílios onde o morador é proprietário e as prestações não foram quitadas, em uma indicação de que o brasileiro teve dificuldade para pagar as parcelas.
Essas pessoas podem ter se mudado para imóveis cedidos ou alugado imóveis mais baratos —também houve aumento no número de imóveis alugados, de 1,6% no ano.
A pesquisa mostra crescimento de 0,8% no número de unidades domiciliares no Brasil, que chegou em 2017 a 69,8 milhões, ou 550 mil a mais do que no ano anterior.
Desse total, 67,9% eram próprios do morador e já quitados, 5,6% próprios ainda a quitar, 17,6% alugados e 8,7% cedidos. Pesquisa anterior divulgada pelo IBGE no início de abril mostrou que cresceu 7% o número de brasileiros que contou com aluguel para complementar a renda em 2017.
APERTO
A pesquisa do IBGE identificou ainda que caiu no país a quantidade de domicílios com apenas um morador, enquanto mais residências tinham dois a quatro pessoas em 2017.
O número de residências com apenas um morador caiu 1,8%, para 10,5 milhões. Já as com dois ou três cresceram 1,9%, para 18,6 milhões e 18,3 milhões, respectivamente.
Com quatro moradores, a alta foi de 1,4%, para 13,3 milhões. Menos comuns, os domicílios com cinco moradores caíram 0,9% (5,5 milhões) e os com seis, 2% (3,4 milhões).
DESIGUALDADES
A pesquisa desta quinta confirma desigualdades nas condições de habitação no país, principalmente em relação ao acesso a água e esgoto. Na média nacional, 85,7% dos municípios têm acesso à rede de distribuição de água. Mas, enquanto no Sudeste o índice chega a 92,5%, no Norte é de apenas 59,2% e no Nordeste, de 80,3%.
Já no tratamento de esgoto, a média nacional de acesso à rede é de 66%. No Sudeste, chega a 88,9%. No Norte é de apenas 20,3% e no Nordeste, de 45,1%.
De acordo com os dados do IBGE, 2 milhões de domicílios no país ainda usam "outras formas de esgotamento", em sua maioria, despejo a céu aberto —no Norte, esses representam 8,8% do total e no Nordeste, 4,3%.
O acesso à energia elétrica é quase universal no país, chegando a 99,8% dos domicílios, seja pela rede ou por fontes alternativas.
Fonte: Folha Online - 26/04/2018
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