‘Pacote do IOF é a nova CPMF’, dispara Júlio Lopes ao criticar proposta do governo
Publicado em 12/06/2025

Em resposta às mudanças propostas pelo governo após críticas do Congresso Nacional e do setor produtivo, o parlamentar afirmou que os ajustes realizados — 24 no total — não são suficientes
O deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, criticou duramente a proposta do governo federal de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), classificando a medida como uma “reedição inaceitável da CPMF” e um retrocesso que penaliza diretamente as camadas mais vulneráveis da população e compromete a competitividade da economia brasileira. Em resposta às mudanças propostas pelo governo após críticas do Congresso Nacional e do setor produtivo, o parlamentar afirmou que os ajustes realizados — 24 no total — não são suficientes para corrigir o problema central.
“Essa criação do IOF, que é um imposto regulatório com caráter arrecadatório, é praticamente a reedição da CPMF. É um absurdo inaceitável. As populações de menor poder aquisitivo fazem empréstimos de curto prazo e precisam renovar várias vezes. Cada renovação dessa operação sofre incidência do IOF, caracterizando, na prática, uma nova CPMF”, afirmou.
Para o deputado, o governo continua tratando a questão fiscal de forma superficial, quando o país precisa de reformas estruturais. “O problema que está sendo tratado é tópico, não é estrutural. Temos que enfrentar as raízes do déficit fiscal brasileiro”, defendeu. Segundo Lopes, uma das principais causas do desequilíbrio nas contas públicas está na vinculação de benefícios sociais e previdenciários ao salário mínimo. Ele propôs como alternativa a desindexação desses repasses, com correção apenas pela inflação. “Se indexarmos somente à inflação, teremos em dez anos uma economia de R$ 1,4 trilhão. Essa, sim, é uma medida de fundo para o êxito da sociedade brasileira”, pontuou.
Júlio Lopes também criticou o que chamou de “intervenção permanente” do Estado na atividade econômica, afirmando que as sucessivas mudanças nas regras tributárias e fiscais enfraquecem a capacidade produtiva das empresas. “Essa agressão à competitividade no cerne da sua ação é extremamente danosa. Ataca diretamente a capacidade de produção das empresas e a competitividade delas. Não há como, toda hora, vir uma nova medida, e esperar uma adequação simples por parte do setor produtivo.”
A declaração do deputado reflete a insatisfação crescente entre parlamentares e empresários com a política fiscal do governo e reforça o apelo por soluções estruturais e previsíveis que garantam equilíbrio nas contas públicas sem comprometer o ambiente de negócios e o crescimento econômico.
Fonte: Jovem Pan - 12/06/2025
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