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Entenda como a ansiedade de consumo nasce em você
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Entenda como a ansiedade de consumo nasce em você

Publicado em 11/02/2016 , por Samy Dana

Você passa horas na frente de um computador todos os dias. Planilhas, relatórios, enfim, uma série de tarefas diárias que precisam ser entregues ao fim do expediente. Eu posso supor que o cumprimento de todas essas tarefas não acontece antes que você cheque algumas vezes a linha do tempo do seu facebook ou as vibrações do celular anunciando novas mensagens no whatsapp. Alguns vão defender que essas pequenas distrações ao longo do dia até ajudam a dar um certo alívio à rotina exaustiva. O que muita gente não reconhece, ou mesmo não percebe, é o tamanho da força desses hábitos.
 
Experimente deixar o celular em casa por um dia ou mesmo desligar a sua rede de internet enquanto faz seus relatórios de trabalho. É muito provável que seu dia seja extremamente desconfortável, ainda que imaginando a situação você não consiga perceber o tamanho do impacto que isso pode ter. Na verdade, subestimamos o poder dos hábitos que criamos porque muitas vezes eles surgem inconscientemente.
 
No livro "O Poder do Hábito", de Charles Duhigg, uma experiência interessante mostra qual é a chave para que os hábitos exerçam uma força tão poderosa sobre nós. O professor de neurociência Wolfram Schultz, da Universidade de Cambridge, fez alguns testes com macacos. Cada vez que uma forma geométrica colorida aparecesse em um monitor, eles deveriam puxar uma alavanca. A recompensa era algumas gotas de suco. De início, os macacos ficavam agitados, mas assim que percebiam que a tarefa resultaria em uma recompensa, passavam a ficar focados e executavam o exercício de forma cada vez mais automática.
 
Quando o hábito começava a surgir, a atividade cerebral apresentava oscilações mais expressivas assim que o suco chegava à boca dos macacos. Era o momento em que eles percebiam a recompensa e ficavam felizes. No entanto, com o passar do tempo, essa sensação de felicidade por perceber a recompensa começou a ser antecipada. Os macacos sentiam a euforia da recompensa assim que percebiam a alavanca. O experimento estava mostrando que ali nascia um anseio pelo que estaria por vir. Com base nisso, o professor alterou o experimento, algumas vezes não entregando a recompensa ou dando suco com pouco açúcar, por exemplo. Os macacos ficavam agitados e se mostravam depressivos quando não recebiam o que estavam esperando.
 
Por mais que não notemos, repetimos o comportamento dos macacos na experiência em quase tudo que fazemos rotineiramente. Isso explica, por exemplo, porque temos o impulso de pegar uma batata frita quentinha de uma porção que chega inesperadamente na mesa de um amigo, mesmo se não estivermos com fome. Ou mesmo porque ficamos tentados a entrar em uma churrascaria só pelo cheiro da carne assada. Explica também porque a mera imagem de uma caixa de cigarros é capaz de deixar um fumante agitado. A exposição da imagem gera o anseio pela dose de nicotina. Antes mesmo de nos satisfazermos com a recompensa de um hábito, somos impulsionados pelo anseio que ela gera. O que te prende ao celular e suas redes sociais durante o expediente é o anseio pelo momento de distração.
 
O marketing e a publicidade se alimentam disso o tempo todo. Todo o mercado existente hoje em dia em torno de produtos que deixam bons odores no ar surgiu a partir de uma intensa pesquisa da Procter&Gamble para lançar um produto. No fim das contas, eles descobriram que as pessoas que limpavam as casas utilizavam o produto ao final, como se o bom cheiro fosse uma recompensa pelo trabalho árduo de limpar. Sendo assim, toda a publicidade é moldada no sentido de criar expectativas para uma casa cheirosa.
 
Pense a respeito disso sempre que estiver o impulso de consumir alguma coisa, ainda que seja um hábito simples como pegar um biscoito sem estar com fome. Se você encontrar as deixas que te geram a ansiedade de consumir, pode facilitar o caminho para controlar seus hábitos. 

Fonte: G1 - 10/02/2016

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