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Nunca haverá estabilidade se houver desigualdade, diz bilionário brasileiro
Publicado em 25/04/2016 , por GIULIA AFIUNE
"Nós nunca vamos ter estabilidade se tivermos desigualdade", disse o empresário Jorge Paulo Lemann em palestra na Universidade Harvard em Cambridge (EUA).
Dono de uma fortuna de US$ 30,9 bilhões, Lemann é o homem mais rico do Brasil e ocupa a 19ª posição no ranking mundial, segundo a revista "Forbes". O empresário, de 76 anos, é acionista da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo.
Lemann considera que a redução da desigualdade deveria ser o "maior sonho para o Brasil".
"Eu moro na Suíça e é ótimo viver numa sociedade em que há muito mais igualdade." Ele reconheceu que a maioria dos suíços é de classe alta.
"São pessoas ricas, há poucas pessoas pobres, mas, apesar de não serem iguais, todos têm as mesmas chances. Todos estudam nas mesmas escolas, todos vão aos mesmos médicos. É uma sociedade muito mais feliz."
O comentário de Lemann foi parte da resposta a uma pergunta do consultor empresarial Jim Collins, que o entrevistou no painel.
"Se o Brasil estivesse no seu portfólio, quais seriam as três principais mudanças que o 3G [fundo de investimentos que ele administra] faria para melhorar o país?", questionou Collins.
Lemann disse que não entende de política e que nunca ocupou cargos, mas emendou: "A fórmula básica é juntar um bom grupo de pessoas para administrar as coisas, ter um grande sonho, seguir as informações certas e assumir alguns riscos".
O empresário disse que o "risco" que correria seria juntar um grupo de jovens competentes que pudessem trabalhar juntos, mesmo com ideias diferentes.
"O Brasil não é um país de esquerda nem de direita. O único caminho é pelo centro."
Questionado sobre como o Brasil pode aproveitar a crise atual para melhorar, Lemann disse: "Eu acho que vai ter muita mudança política nos próximos dois anos. Há uma oportunidade para aparecerem novos rostos, novas pessoas, novas ideias."
Lemann disse que se arrepende de não ter tido mais participação política em sua vida, mas que delega isso aos mais jovens. "Vão lá e arrumem o Brasil. Se nós nos juntarmos e tivermos grupos de pessoas que pensam diferente, mas que conversem, e que sejam mais pragmáticas, nós poderemos construir um país maravilhoso."
Jorge Paulo Lemann e Jim Collins estiveram na mesa de fechamento da Brazil Conference. Organizada por estudantes brasileiros da Universidade Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), a conferência reuniu empresários, políticos e pensadores para discutir o futuro do Brasil.
Os dois falaram sobre suas carreiras no mundo empresarial e deram conselhos à plateia, formada principalmente por estudantes brasileiros que vivem nos EUA.
A modelo Gisele Bündchen, que mora em Boston, assistiu à palestra e foi convidada a se juntar à mesa no final, quando falou de sua trajetória e que sempre "trabalhou duro" em sua vida profissional.
Dono de uma fortuna de US$ 30,9 bilhões, Lemann é o homem mais rico do Brasil e ocupa a 19ª posição no ranking mundial, segundo a revista "Forbes". O empresário, de 76 anos, é acionista da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo.
Lemann considera que a redução da desigualdade deveria ser o "maior sonho para o Brasil".
"Eu moro na Suíça e é ótimo viver numa sociedade em que há muito mais igualdade." Ele reconheceu que a maioria dos suíços é de classe alta.
"São pessoas ricas, há poucas pessoas pobres, mas, apesar de não serem iguais, todos têm as mesmas chances. Todos estudam nas mesmas escolas, todos vão aos mesmos médicos. É uma sociedade muito mais feliz."
O comentário de Lemann foi parte da resposta a uma pergunta do consultor empresarial Jim Collins, que o entrevistou no painel.
"Se o Brasil estivesse no seu portfólio, quais seriam as três principais mudanças que o 3G [fundo de investimentos que ele administra] faria para melhorar o país?", questionou Collins.
Lemann disse que não entende de política e que nunca ocupou cargos, mas emendou: "A fórmula básica é juntar um bom grupo de pessoas para administrar as coisas, ter um grande sonho, seguir as informações certas e assumir alguns riscos".
O empresário disse que o "risco" que correria seria juntar um grupo de jovens competentes que pudessem trabalhar juntos, mesmo com ideias diferentes.
"O Brasil não é um país de esquerda nem de direita. O único caminho é pelo centro."
Questionado sobre como o Brasil pode aproveitar a crise atual para melhorar, Lemann disse: "Eu acho que vai ter muita mudança política nos próximos dois anos. Há uma oportunidade para aparecerem novos rostos, novas pessoas, novas ideias."
Lemann disse que se arrepende de não ter tido mais participação política em sua vida, mas que delega isso aos mais jovens. "Vão lá e arrumem o Brasil. Se nós nos juntarmos e tivermos grupos de pessoas que pensam diferente, mas que conversem, e que sejam mais pragmáticas, nós poderemos construir um país maravilhoso."
Jorge Paulo Lemann e Jim Collins estiveram na mesa de fechamento da Brazil Conference. Organizada por estudantes brasileiros da Universidade Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), a conferência reuniu empresários, políticos e pensadores para discutir o futuro do Brasil.
Os dois falaram sobre suas carreiras no mundo empresarial e deram conselhos à plateia, formada principalmente por estudantes brasileiros que vivem nos EUA.
A modelo Gisele Bündchen, que mora em Boston, assistiu à palestra e foi convidada a se juntar à mesa no final, quando falou de sua trajetória e que sempre "trabalhou duro" em sua vida profissional.
Fonte: Folha Online - 23/04/2016
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